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A Jornada Emocional de Cuidar de uma Criança com TDAH: Um Chamado à Empatia

Eu como Psicopedagoga e Mãe de TDAH sempre abordo no meu instagram (https://www.instagram.com/monique.psicopedagoga/) quem é mãe e pai de uma criança com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) compreende perfeitamente a montanha-russa emocional que percorremos diariamente. Nossa rotina é intensificada, e parece que estamos em constante estado de alerta, navegando em águas desconhecidas. Nossos filhos são o “centro das atenções” onde quer que estejam, mas nem sempre da maneira que gostaríamos.

Podemos sentir o olhar de reprovação, as festinhas das quais nossas crianças não são convidadas, os trabalhos em grupo nas escolas onde ninguém quer escolher aquele que “não para quieto”. Essas situações cansam e entristecem profundamente nossos corações. O TDAH é um distúrbio do neurodesenvolvimento, uma batalha diária para nossas crianças e para nós, seus guardiões incansáveis.

A hiperatividade e a dificuldade de atenção são apenas alguns dos sintomas visíveis, mas frequentemente são esses aspectos que capturam a atenção dos outros. No entanto, há muito mais do que isso, e é doloroso ver que muitas pessoas simplesmente se afastam. Nossos filhos são seres de luz, repletos de talentos e potenciais incríveis, mas o mundo nem sempre vê isso.

As habilidades sociais de uma criança com TDAH requerem um esforço constante de nossa parte. Elas enfrentam dificuldades em executar tarefas, se organizar e se conectar com os outros. É uma luta para serem aceitas nos grupos, uma luta para encontrar seu lugar. Esses desafios afetam seu desenvolvimento emocional e social, mas quem realmente compreende o esforço e o cansaço que nós, pais e mães, enfrentamos?

Desejamos ardentemente que as pessoas possam verdadeiramente entender o que vivenciamos e dar espaço para que nossos filhos sejam eles mesmos, sem distinção, sem serem julgados a cada ato e em cada passo que dão. Não é fácil para nós, familiares, ouvir palavras cruéis que rotulam nossos filhos como “chatos”, como alguém que não consegue parar quieto, como alguém que precisa ser “corrigido” por ser considerado mal educado. Essas palavras machucam profundamente e abalam a autoestima de nossas crianças preciosas.

Também queremos fazer um apelo às escolas e aos educadores. Nós, pais e mães de crianças com TDAH, somos frequentemente alvos de julgamentos. Gostaríamos de ser chamados à escola para ouvir palavras de encorajamento, para compartilhar vitórias e celebrações, não apenas preocupações e críticas. Como alguém que está ativamente envolvido na sala de aula, sempre me esforço para criar um ambiente acolhedor, onde as famílias possam se sentir compreendidas e onde possamos caminhar juntos, lado a lado.

Se eu pudesse contar quantas vezes precisei explicar o motivo de um comportamento “não aceitável” pela sociedade, passaria a maior parte do meu tempo fazendo isso. Mas essa luta não deve ser nossa sozinha. Tentar disciplinar o transtorno não é a resposta. Precisamos de compreensão, apoio e empatia. Precisamos que as pessoas vejam além dos sintomas visíveis e enxerguem a criança adorável, brilhante e cheia de potencial que está lá dentro.

Faço um apelo emocionado para que todos possamos abrir nossos corações e abraçar o TDAH e as famílias que vivem essa realidade. Nossos filhos merecem ser valorizados por quem são, sem julgamentos ou estigmas. Vamos criar um ambiente de compreensão, aceitação e inclusão, onde eles possam florescer, onde sua autoestima possa crescer e onde eles sejam rodeados de apoio e amor.

Juntos, podemos fazer a diferença nas vidas dessas crianças extraordinárias e de suas famílias. Convido você a se juntar a nós nessa jornada. Vamos educar o mundo sobre o TDAH, disseminar empatia e construir uma sociedade mais acolhedora para todos, caso não saiba como é e o que fazer, convido a buscar sobre (https://www.instagram.com/monique.psicopedagoga/). Os desafios são reais, mas juntos, com amor e compreensão, podemos superá-los. Nossos filhos merecem um mundo onde eles sejam compreendidos e aceitos em toda a sua beleza singular.

Psicopedagoga Monique Gonçalves

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